BREVES REFLEXÕES SOBRE CULTURA E A QUESTÃO NACIONAL:

Nelson
2 min readApr 30, 2024

Aqueles que apenas reagem em negação contra a pressão da cultura de massas externa são inequivocamente pautados por esta, e estão mais ligados ao sistema que dizem combater do que quem de fato propõe um caminho nacional autêntico e orgânico para superação dessas pautas.

O doidinho reacionário de extrema-direita que diz ser “contra identitários” geralmente é, também, seguidor de uma teoria política que se baseia nos mesmos pressupostos de centrar a questão política em identidades, todavia, defendem uma identidade diferente.

Não raro dizem ser “contra o mundo moderno”, ao passo que mobilizam conceitos que dividem, sabendo disso ou não, com teóricos da pós-modernidade que tanto afirmam combater.

Antes de serem solução para os problemas que vivemos, a existência destes é, na realidade, um sintoma causado por anos de dominação do neoliberalismo, seja com a roupagem que for, da sociedade do espetáculo, e da crescente individualização e criação de uma sociedade narcísica.

Esse é só mais um dos exemplos da importância e centralidade da “Questão Nacional”, observada por um pensamento socialista, em nosso período histórico.

SOBRE O EXEMPLO POSITIVO DA MPB:

A galera mais antiga da MPB entendia o gênero realmente como movimento, cuja uma das pautas, era impedir a hegemonia do produto cultural de massas externo em ambiente interno, com graus menores e maiores de antropofagia para com influências estrangeiras. Isso faz muita falta.

Nesse sentido, a MPB é um gênero com vocação para uma crítica saudável as assimetrias da globalização e sua aceleração, muito mais relevante e mostrando resultados práticos extremamente superiores a qualquer dessas formas mais atuais de rejeição reacionária a globalização.

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